Chegada do Novo Ensino Médio se aproxima; especialista comenta tema

Théo Mariano
 
Goiânia – A chegada da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio está se aproximando. Esperada para 2021, a implementação da BNCC ocorre junto da chegada do Novo Ensino Médio, que define, entre outras mudanças, a ampliação da carga horária, organização curricular mais flexível e formações nas áreas de conhecimento e profissional. “Estamos diante de um momento de grandes adaptações, transformações e mudanças”, avalia a especialista Karla Lopes, coordenadora da Instituição Inteligência Educacional, em entrevista ao jornal A Redação.
 
Para a especialista, o professor “estará no centro” das transformações do Ensino Médio no País. “As instituições de ensino precisam se preparar e se adaptar às mudanças que serão implementadas. Além disso, deverão elaborar planejamentos mais eficientes, que sustentem essas mudanças no espaço da sala de aula.”
 
 
“É minha convicção que o aluno brasileiro merece as mudanças que a legislação e a BNCC propõem. A escola para o aluno do Ensino Médio de hoje representa, basicamente, a oportunidade de aprender conteúdos que venham a habilitá-lo a ser aprovado em processos seletivos. Há um tolhimento e um cerceamento da liberdade de criar”, avalia a presidente da FNE.
 
A aprovação da nova BNCC para o Ensino Médio ocorreu em dezembro de 2018. A nova arquitetura da trajetória escolar vem sendo formulada desde 2019, com base também na lei do Novo Ensino Médio, de 2017.
 
Ex-secretário-executivo do Ministério da Educação, Felipe Sigollo, atualmente reitor da Universidade Brasil, em São Paulo, explica que a função da BNCC é “unificar o ensino em todo o País”. “A base determina o que cada disciplina deverá tratar ao longo das séries, mas, no Ensino Médio, vale apenas para as matérias de matemática, português e inglês, as únicas que são obrigatórias nesta etapa.”
 
 
Segundo a nova legislação, a carga horária da etapa subiu de 2,4 mil horas, distribuídas em três anos, para 3 mil horas totais ao longo do mesmo período. Destas, 1,8 mil horas serão destinadas ao aprendizado determinado pela BNCC, comum e obrigatório aos alunos. O tempo restante, 1,2 mil horas, é chamado como “parte flexível”, na qual os estudantes poderão escolher as disciplinas conforme seus interesses.
 
Karla Lopes acredita que as novidades tiram os profissionais da educação da zona de conforto e geram incertezas. “Mas se fizermos as mudanças, podemos garantir a cada um dos estudantes, estejam eles nas redes públicas ou privadas, o direito de percorrer seus caminhos ao longo dos três anos de Ensino Médio, de forma que conectem suas aprendizagens com anseios, interesses e aptidões”, concluiu.
 
 

Posts Relacionados

0
Would love your thoughts, please comment.x
Mande-nos um Whats