As queimadas no Brasil são um problema ambiental grave que afeta diretamente a saúde e o bem-estar da população. Todos os anos, durante o período de seca, especialmente na Amazônia e no Cerrado, o número de focos de incêndio aumenta significativamente. Isso contribui para o desmatamento, o aquecimento global e a emissão de gases poluentes na atmosfera, agravando ainda mais a crise climática.
A poluição gerada pelas queimadas afeta diretamente a saúde das pessoas. A fumaça contém partículas tóxicas que podem causar problemas respiratórios, alergias, doenças pulmonares e agravar condições preexistentes, como a asma.
O tema de Saúde Climática é abordado no livro do 6º ano da Coleção Educação Climática com a Turma do Pererê, reforçando a importância de ensinar nas escolas as interações entre mudanças climáticas e saúde.
“Estudar saúde climática na escola é uma necessidade premente para preparar os jovens para os desafios ambientais e de saúde do século XXI. Capacitá-los com conhecimentos sobre as interações entre mudanças climáticas e saúde pode inspirar a ação individual e coletiva para construir um futuro mais sustentável e saudável para todos.”
Com essa realidade em mente, o Ministério da Educação (MEC) desenvolveu orientações para que as escolas possam abordar de maneira adequada as questões relacionadas às queimadas e à poluição do ar. Essas diretrizes são fundamentais para proteger a saúde dos estudantes e de toda a comunidade escolar.
Confira aqui as principais recomendações do MEC, disponíveis no cartaz oficial acessível.
Recomendações para as Escolas
- Evitar atividades ao ar livre: Em dias de alta poluição, mantenha as atividades, como educação física e recreios, em ambientes fechados e bem ventilados.
- Promover atividades internas: Realize atividades em espaços fechados, como jogos educativos, debates sobre meio ambiente e saúde, além de atividades artísticas.
- Incentivar a hidratação: Reforce a importância de beber água regularmente. A hidratação ajuda a eliminar toxinas e protege as vias respiratórias.
- Fechar janelas e portas: Durante os períodos críticos de poluição, mantenha os ambientes internos bem ventilados, com uso de ventiladores e umidificadores.
- Monitorar sintomas de saúde: Fique atento a sintomas como náuseas, febre, falta de ar, tontura e dores intensas. Busque atendimento médico imediatamente em casos graves.
Medidas Adicionais
- Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Incentive o uso de máscaras para quem precisar sair ao ar livre durante picos de poluição.
- Identificação de áreas seguras: Crie espaços internos com melhor qualidade do ar para alunos com problemas respiratórios.
- Comunicação com a comunidade: Estabeleça parcerias com autoridades de saúde e mantenha os pais informados sobre a qualidade do ar e as medidas adotadas.
- Educação sobre poluição e saúde: Promova atividades educativas que ensinem os alunos sobre os efeitos da poluição do ar.
- Limpeza das instalações: Reforce a limpeza interna da escola para reduzir a presença de partículas poluentes.
- Suspensão das aulas presenciais: Em casos extremos de poluição, considere a suspensão das aulas como última alternativa, priorizando a saúde de todos.
Seguir essas orientações contribui significativamente para proteger a saúde da comunidade escolar. Queimadas e poluição do ar afetam a qualidade do ar que respiramos, e as escolas têm um papel crucial na conscientização e proteção de seus alunos.