“Da Minha Casa, Para Sua Casa” Daniele Klein

Estávamos juntos antes dessa crise chegar, estivemos juntos durante toda quarentena e agora, não está sendo diferente! Vamos continuar caminhando juntos. 

Professor seguimos juntos, sendo a mudança que desejamos ver no mundo! Essa semana na campanha Da Minha Casa Para Sua Casa vamos para o município de Chapecó, conhecer a história da professora Daniele Klein. 

Daniele Klein,  tem 27 anos,  atua como professora no município de Chapecó-SC. Formou em 2015, está no quinto ano exercendo a função. Trabalha com alunos do 6° ao 9° ano, este é o segundo ano que aplica às aulas da Escola da Inteligência. “ A cada ano que entro em sala de aula, quando conheço novos alunos, tenho mais certeza que a sala de aula é o meu espaço. Este espaço de compartilhar conhecimento, ensinar e aprender com os adolescentes é de fato o que me move na vida e na profissão” destaca. 

Daniele fala com carinho de alguns momentos que marcaram ela nesses cinco anos de caminhada que fez ela repensar algumas práticas e atitudes “no segundo ano em sala de aula, queria eternizar os nomes dos alunos de duas turmas que me cativaram, deste modo, pedi a eles que assinassem uma blusa minha, todos eles ficaram empolgadas por poder escrever o nome na blusa da “prof” e capricharam na escrita. Porém, o que mais chamou atenção disto, foi a cara de surpresa e de felicidade deles quando me viram usando a blusa com o autógrafo deles dias depois. Até hoje, quando uso uma das blusas em sala de aula, as outras turmas pedem para também assinar uma blusa, e todo ano atendo o pedido deles” completa. 

Por trabalhar com alunos de várias idades, Daniele fala da percepção que teve neste convívio “percebi, que por se tratar de alunos que estão entrando ou que estão na adolescência, aqueles que frequentam o Ensino Fundamental II ou Ensino Médio, por ter a rotatividade de professores, um para cada disciplina, diferentes das séries Iniciais, se sentem e são mais distantes dos professores, e às vezes, por alguns professores e por diversas situações, não são vistos como seres humanos em construção, como adolescentes, e sim como meros alunos”, completa. 

Daniele gosta de mostrar todo cuidado e carinho que tem com seus alunos, ela conta com carinho uma das ações com eles este ano., “Comprei canetas, personalizei-as e entreguei para cada aluno, o que faço até hoje no final de cada ano, como forma deles saberem que me importo com eles e que são importantes para mim. Quando entrego as canetas para eles sempre faço uma pequena fala do motivo de estar entregando ela. A caneta serve para escrever, para registrar, deste modo explico que eles são responsáveis por escrever a própria história deles, que podem mudar situações e realidades, basta se dedicar e se esforçar, e assim ter várias conquistas para registrarem na vida”, ela enfatiza que recebe todo esse agradecimento e retorno deles e que muitos estudantes, que não são mais seus alunos, mandam foto da caneta, afirmando que cuidam e usam ela ainda, e gostaram do presente. 

“Essas pequenas coisas são gratificantes para mim, como professora e pessoa”

Com todas as mudanças ocorridas, Daniele sente falta da relação  e convívio com suas turmas, ela conta um pouquinho da rotina e o amor em ser professora. 

“Sou uma pessoa que gosta de trabalhar com pessoas, principalmente com os adolescentes, e com esta pandemia, com o distanciamento social e a suspensão das aulas presencias, me senti deslocada e desanima no início. Mudou totalmente a rotina, agora estou o dia inteiro em casa, antes estava a maior parte do dia na escola em contato com os alunos, o quarto virou o principal lugar da casa, pois é ali que planejo e organizo as atividades das turmas. Tenho contato com alguns alunos através das redes sociais, o que me acalma um pouco” afirma . 

O contato com a família se intensificou durante o período de isolamento social, por não poder visitar e frequentar a casa dos familiares, às trocas de mensagens e ligações se tornaram são frequentes. Neste período, ela conseguiu passar mais tempo com o filho e investiu na sua capacitação, “passei mais tempo com meu filho, em que jogamos novos jogos. Resolvi também que este seria um bom tempo para buscar mais conhecimento, por isso iniciei uma pós-graduação na minha área” completa. 

“O início do isolamento social não foi fácil, não sabia como me adequar, por ficar somente dentro de casa e com tempo “livre”, estava ficando sedentária e desenvolvendo ansiedade. Assim, na terceira semana, quando percebi que a situação iria permanecer por mais um tempo, decidi que precisava criar uma nova rotina. Já gostava de cozinhar, mas me aventurei mais ainda na cozinha, preparando receitas e pratos novos, testando receitas da internet. Voltei a praticar atividade física, tive que adaptar alguns exercícios para ser realizados dentro do apartamento” 

 

Daniele termina falando das cobranças expostas e deixa uma mensagem positiva, enfatizando que tudo isso vai passar, “vejo que muitas pessoas são cobradas ou se cobram muito para ser produtivas neste período, e da forma como é imposta, várias pessoas acabam se esgotando psicologicamente, emocionalmente e fisicamente. Eu me sentia desta forma no início da quarentena, por isso busquei não me cobrar tanto, separei tempo para fazer coisas que me acalmavam, como a leitura e a arte de cozinhar. É importante todos dedicar um tempo do dia para algo que faz bem para si, cuidar da sua saúde e das suas emoções. Sabemos que este tempo difícil vai passar, precisamos estar bem para viver o novo normal”

“Me encontrei no projeto da Escola da Inteligência, com as aulas da Ei os laços com os alunos se estreitaram, oportunizando vários momentos de troca de história de vida, de ideias, visões, possibilitando uma maior participação dos alunos na sala de aula”

Daniele Klein

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