A importância do protagonismo do aluno na educação é indiscutível. Nascidos em uma era dominada pela tecnologia, os nativos digitais, também conhecidos como Geração Z, estão cada vez mais conectados, especialmente após a pandemia, que impulsionou o uso de ferramentas híbridas e remotas.
Segundo a Pirâmide da Aprendizagem de William Glasser, os alunos absorvem até 80% do aprendizado quando envolvidos em debates e atividades interativas. Em contraste, no modelo tradicional, sua participação passiva resulta em uma absorção entre 10% e 50% do conteúdo.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça a necessidade do protagonismo estudantil ao longo de todas as etapas da educação básica, enfatizando sua atuação ativa na aprendizagem.
Dar autonomia aos alunos durante o processo educacional é um desafio
Na prática, garantir esse protagonismo é um desafio para educadores. O conceito de educação 5.0, surgido no Japão em 2016, foi ainda mais impulsionado pela pandemia, exigindo que escolas e professores incorporem a tecnologia para envolver os alunos na construção do conhecimento.
Dessa forma, o papel do educador se transforma em facilitador no contexto escolar, o que causa uma ruptura significativa no paradigma tradicional da sala de aula. Isso requer uma reflexão sobre as práticas, uma sensibilidade ampliada e o aprimoramento de outras competências, incluindo o uso de tecnologia educacional.
Como garantir o protagonismo do aluno em sala de aula
Implementar a resolução de problemas e outras metodologias ativas são estratégias eficazes para garantir que os alunos desempenhem um papel central no processo de aprendizagem. Essas abordagens são fundamentais para promover o engajamento e o senso de pertencimento.
Algumas ações adicionais incluem:
- Organização do dia: essa prática, comum na educação infantil, pode ser estendida para outras etapas da educação básica, permitindo que os alunos tenham voz ativa na sequência das atividades. Isso promove maior autonomia na turma e pode ser adaptado também para o ambiente virtual.
- Avaliação diária: proporciona um momento para refletir sobre o que funcionou ou não nas atividades realizadas (sejam presenciais ou remotas), permitindo que os alunos contribuam com feedbacks e busquem soluções em conjunto.
- Assembleias: uma prática democrática na qual os estudantes podem discutir e resolver problemas enfrentados no dia a dia, além de propor alternativas e soluções.
- Trabalho em grupo: quando bem orientado pelo professor, é uma excelente forma de desenvolver habilidades como argumentação, criatividade, cooperação e empatia. Pode começar em equipes menores e expandir para toda a turma.
- Projetos: envolvem os alunos desde o planejamento até a execução, favorecendo a pesquisa, a discussão e o desenvolvimento de habilidades como a criatividade durante a apresentação.
- Utilização da tecnologia: ferramentas como jogos virtuais, gamificação, vídeos, podcasts e outros recursos podem potencializar as oportunidades de aprendizado e construção de conhecimento, especialmente para os alunos familiarizados com o ambiente digital.
Benefícios de uma educação centrada no protagonismo do aluno
Os benefícios desse modelo incluem o desenvolvimento da criatividade, pensamento crítico e trabalho em equipe, além de aumentar o interesse pelo aprendizado e fortalecer a autoestima e a capacidade de lidar com desafios.
O sucesso do protagonismo do aluno na educação depende de uma colaboração extensiva entre diversos agentes, incluindo os pais e responsáveis, que devem estar atentos à realidade para além dos limites da escola. Esse cuidado não apenas é essencial para a saúde mental, mas também para garantir o desenvolvimento completo de crianças e adolescentes, sendo uma responsabilidade tanto dos profissionais escolares quanto das famílias no cotidiano.
Em resumo, o protagonismo do aluno não apenas melhora a experiência educacional, mas também prepara os estudantes para enfrentar os desafios da vida adulta, promovendo um ambiente escolar inclusivo e participativo.
