“Da Minha Casa, Para Sua Casa” Lucélia Heringer

Professor, nossas rotinas foram alteradas, as nossas relações mudaram, assim como o comportamento. Neste período de transição percebemos o quanto somos vulneráveis e, ao mesmo tempo, fortes! Novos desafios foram impostos, assim como todo o processo de adaptação ao novo normal. Isolados, mas não sozinhos. A inteligência Educacional preocupada com o desenvolvimento e as relações socioemocionais do professor, desenvolveu uma série de ações para contribuir e apoiar o educador. Agora queremos conhecer um pouco mais da nova rotina do professor. Neste mês lançamos a campanha “da minha casa para sua casa” onde iremos compartilhar a história de alguns professores e sua nova rotina em meio a tantas mudanças.

Para o início desta campanha vamos conhecer a história da Lucélia Heringer, de Cuiabá, 39 anos, casada e mãe três filhos. Professora há menos de 6 meses, além do desafio de iniciar na sala de aula, ela teve o desafio da adaptação ao novo normal.

Lucélia desde cedo aprendeu na humildade a valorizar os estudos. Foi motorista, mas viu na pedagogia uma ótima oportunidade, escolheu o curso pelas melhores notas, porém, nos primeiros dias se identificou logo com a profissão.  Considera que nesse semestre aprendeu muito e proporcionou um ensino de qualidade aos seus alunos.  

Lucélia passou em um concurso ano passado, então saiu da faculdade para o concurso e do concurso para a sala de aula. Ela começou assumindo duas turmas “foi um grande desafio, mas a Escola da Inteligência ajudou muito nesse apoio socioemocional, agregando teoria na prática. Uma turma era do segundo ano e outra era do terceiro, então, idades diferentes, e assim também precisava ser a didática. Esse foi o meu maior desafio” afirma.

No primeiro momento Lucélia conta que criou um grupo de whatsapp para agregar toda essa bagagem e assim ficar mais perto da família e mediar este conhecimento. “Fui orientando todas as atividades por lá, e senti todo esse apoio e colaboração da família” completa.

Lucélia abriu um canal no youtube, para facilitar o acesso, ela deixava às aulas disponíveis lá. Porque muitos alunos relataram que ao receber o vídeo pelo celular das aulas, não tinham condições de baixar, porque não tinham uma internet de qualidade. Ela ressalta que em casa trabalhou muito mais que na escola, apesar do pouco tempo que exerceu sua função nesse cenário. “Os recursos tecnológicos me ajudaram muito neste processo de trabalho. Montei um escritório em casa, e me dediquei a atender os alunos neste período, da melhor forma possível” destaca.  

Nesta experiência Lucélia afirma que aprendeu a valorizar muito mais a proximidade com a família e a escola. Ela aprendeu a cuidar da sua saúde mental e olhar com mais cuidado. Lucélia sabe o quanto as pessoas estão doentes por terem que ficar em casa, muitos estão isolados, então ela enfatiza que olhou para isso com mais intensidade e valor.

 “Somos seres sociais”

Todo este processo trouxe muitas mudanças e Lucélia conta um pouco mais da sua rotina fora do cenário da educação “eu acordo cedo e vou para uma pracinha aqui perto de casa, lá eu corro e faço meus exercícios, também faço exercícios em casa. Além disso mudei minha alimentação, eu já dava muito valor a saúde, agora muito mais. Tenho tempo para fazer meu suco detox rsrsrs”. Lucélia ainda completa dizendo que suas mudanças inspiram suas amigas, que se sentem motivadas por ela, que até passa dicas dos seus famosos sucos saudáveis.

“Eu procurei contagiar as pessoas com minhas atitudes”

Lucélia destaca como a escola da inteligência foi indispensável em todo este processo “a Escola da Inteligência foi o carro chefe deste processo de mudanças para as aulas.  Os conteúdos deram sentido, propôs assuntos que falam do emocional e trouxe como exemplo, muitas lições, como: superar inveja, valorizar o outro, nos valorizarmos também, usar a inteligência de forma saudável, nutrir a inteligência e o prazer pela leitura. Assuntos pertinentes foram abordados em salas virtuais, que foram de encontro com o momento atual. Tive a experiência de falar com pai e mãe, dizendo: professora essa aula foi maravilhosa, minha filha tinha vergonha do cabelo dela e depois desta aula, ela disse “eu amo meu cabelo, me amo como eu sou”. Então foi essencial, aprendi muito mais que ensinei, tenho certeza que essas aulas me fizeram crescer profissionalmente e emocionalmente” afirma. 

 

“Fé em dias melhores, capacitem cada vez mais, aperfeiçoe conhecimento, crescem emocionalmente, superem-se, tracem desafios e foque no objetivo. Não desistam! Um dia de cada até criar hábito. “

Lucélia Heringer

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