A história do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nasceu em meio ao movimento de operárias no século XX. Elas lutavam utilizando marchas e protestos por direitos como melhores condições de trabalho, salários justos e pelo sufrágio feminino.
Ao longo dos anos, essa data tornou- se um símbolo da luta pela equidade de gênero e pelo fim dos diferentes tipos de violências impostas às mulheres em todo o mundo.
Na educação não foi diferente. As mulheres ocuparam e ocupam um papel fundamental, com muita garra e talento. Saiba a história de alguns dos nomes que contribuíram significativamente com a educação brasileira:
Maria Montessori
Maria Montessori é nossa precursora. Ela resumiu sua vida em uma frase, sucintamente relembrada por seu neto, Mário Montessori Jr.: “Eu descobri a criança”. Ela é mundialmente conhecida por criar o método Montessori (chamado por ela de Pedagogia Científica) e ter revolucionado como a criança é compreendida e respeitada. Em quase todos os países do mundo, há escolas montessorianas e diversas iniciativas educacionais revolucionárias tiveram suas bases nas descobertas de Montessori.
Sua maior contribuição para a educação consistiu em formular um método que respeita a individualidade e as necessidades de cada criança. Partindo do princípio da liberdade com responsabilidade, compreensão e respeito, revolucionou a forma de educar. O êxito da primeira escola levou à abertura de muitos outros centros que se baseiam no “Método Montessori” para a educação das crianças.
Emília Ferreiro
Emilia Ferreiro se tornou uma espécie de referência para o ensino brasileiro. Seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo de estudo inaugurado pelas descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980) na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança – ou seja, de que modo ela aprende.
As pesquisas de Emilia Ferreiro, que estudou e trabalhou com Piaget, concentram o foco nos mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à escrita.
Dorina Nowill
Dorina Nowill (1919 – 2010) foi uma educadora e ativista brasileira cega que criou a Fundação que leva o seu nome, entidade sem fins lucrativos que promove o acesso de cegos à educação.
Com os conhecimentos adquiridos fora do país, Dorina fundou a primeira imprensa braille de grande porte do Brasil. Sua dedicação lhe rendeu projetos, campanhas e premiações, além de ter sido escolhida como presidenta do Conselho Mundial dos Cegos e ter representado o Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1981. Infelizmente, Dorina Nowill morreu aos 91 anos, em 29 de agosto de 2010, vítima de uma parada cardíaca.
A IEDU reconhece e parabeniza a trajetória de todas elas!